De ações à criptomoedas, passando pelo futebol e até mesmo o vira-lata caramelo, os tokens democratizaram e facilitaram a a execução de projetos incríveis com potencial de mudar tudo o que conhecemos hoje. Conheça os ativos do futuro e comece sua jornada de investidor digital!

O que é Token?

Token é a representação digital de frações de ativos reais que possuem valor comercial.

Os tokens podem representar tanto bens tangíveis como equipamentos, obras de arte físicas e imóveis, quanto ativos intangíveis, como direitos autorais, patentes ou obras digitais.

Além desta divisão, os tokens podem ser fungíveis ou não-fungíveis. Isto significa que alguns podem ser substituídos por tokens idênticos, enquanto outros representam itens únicos e exclusivos.

No entanto, essa divisão não influencia na categoria do token: se é um utility token, um payment token… Falaremos sobre elas no decorrer do conteúdo.

 

Tokenização uma nova tendência do mercado? 

Muito além do dinheiro virtual, a nova economia digital possibilitou a criação e o crescimento dos tokens. Cada tipo possui uma função específica, de acordo com o ativo que representa. Isso afeta tanto as estratégias de investimento em tokens quanto os processos para tokenizar ativos.

No entanto, uma coisa é certa: a maneira como encaramos os investimentos, o fluxo de informações e a execução de contratos ainda será revolucionada em grande escala pela tokenização num futuro próximo.

O que pode ser tokenizado e quais as vantagens?

A resposta mais rápida seria: tudo.

Isso vale para imóveis, ouro, ações de empresas, direitos e recebíveis, créditos de carbono, obras de arte, e muito mais.

Além da segurança e agilidade, a tokenização de ativos oferece uma série de vantagens, tanto para o emissor dos tokens, quanto para os investidores.

Digitalização

O processo de tokenização é a conversão de um ativo real em uma representação digital fracionada. Esse processo garante oportunidade para novos mercados, expandindo as possibilidades de negociação.

Divisibilidade

A fração destes ativos não determina um limite mínimo de partes para se tornar um token. Isso permite a emissão de várias unidades e, também, a captação de mais investidores para o seu projeto.

Transparência

Os detentores de tokens possuem acesso a todas as informações referentes a ele, pois elas ficam armazenadas em blockchain e disponíveis para consulta. Na rede, é possível fazer um rastreamento completo, o que confere transparência e confiabilidade para as transações.

Agilidade e Eficiência

Com o uso dos smart contracts — códigos de programação de contratos no formato digital — , não existe a necessidade de intermediação para a negociação de tokens. Tudo acontece 24/7. Além de reduzir custos, torna todo o processo mais ágil e eficiente.

Conheça agora as principais classes de tokens e saiba como funcionam.

1. Security tokens

É um tipo de ativo digital, registrado em plataforma blockchain, que representa ativos financeiros tradicionais, que possuem algum tipo de garantia ou valor mobiliário real, como ações e títulos.

Por meio da tecnologia blockchain, os security tokens oferecem vantagens ao integrar os mercados tradicionais aos de finanças descentralizadas (DeFi), como liquidação instantânea, disponibilidade e divisibilidade, além de mais transparência e segurança nas transações.

Através deles, qualquer pessoa pode ter acesso a produtos financeiros complexos, antes ofertados de forma restrita. 

Exemplo: Neufund

Plataforma que permite a qualquer pessoa investir em qualquer negócio no mundo. Também facilita a criação de planos de participação acionária para funcionários de empresas, ressignificando as relações e redistribuindo os recursos gerados.

2. Non-security tokens

Os non-security são investimentos alternativos, ou seja, que não caracterizam valores mobiliários e não são negociados em bolsa pública, como as ações e títulos. 

São ativos que possuem valor intrínseco variável, conforme suas características e particularidades.

Confira a seguir alguns tipos de tokens que fazem parte dessa categoria.

2.1. Renda Fixa Digital

É a representação digital, fracionada em tokens e registrada em blockchain, de ativos reais tradicionais como consórcios de energia, precatórios e recebíveis.

Os ativos de RFD oferecem previsibilidade, estabilidade e alta rentabilidade, sendo ótimas opções para diversificar carteiras de investimento.

Exemplo: Tokens de Consórcio

Um consórcio é realizado por um grupo com um objetivo de compra em comum. Através do processo de tokenização, esses ativos são transformados em tokens digitais e disponibilizado para mais investidores.

2.2. Payment token, currency tokens ou criptomoedas

São as moedas virtuais, que assumem a forma de tokens.  Ou seja, são as próprias criptomoedas. Os payment tokens são usados como forma de pagamento e, apesar de  serem voltados ao ambiente online, sua aplicação tem se expandido em transações financeiras para além do digital.

Exemplo: Bitcoin (BTC)

O bitcoin é a primeira moeda digital. Descentralizada e sem regulação de governos, ela permite comprar e vender sem intermédio de instituições como os bancos.

2.3. Utility token 

Em tradução literal, é um token de utilidade. Eles representam o direito ao uso de um produto ou serviço. Os utility tokens atuam como um “crédito digital” em determinado ecossistema. Eles permitem acesso a benefícios exclusivos dentro de uma plataforma ou empreendimento específico, como ocorre com os Fan Tokens. 

2.3.1. Fan tokens 

É a união entre criptoeconomia e esporte, estando sempre associado a algum time de futebol, liga ou equipes esportivas em geral. Os fan tokens geram recursos financeiros para o time e entregam ao torcedor experiências únicas como descontos em ingressos ou direito a voto nas decisões do clube. 

ExemploFlamengo (MENGO)

O fan token do Flamengo garante aos detentores benefícios como ingressos, conhecer jogadores, ter produtos autografados e participar de decisões do clube.

2.4. NFT

São registros digitais de itens colecionáveis únicos e seus certificados de propriedade. Podem representar obras de arte, imóveis, medalhas, artigos colecionáveis, entre outros.

Por não serem fracionáveis nem substituíveis por um equivalente, são itens que somente uma pessoa pode ter.

Exemplo: NFTs de impacto

É um projeto filantrópico que busca ajudar diferentes causas sociais e ambientais. Visite o marketplace MB NFTs e conheça os projetos.

Cases de mercado: um pouco mais sobre a tokenização 

Qualquer pessoa ou empresa pode transformar um ativo real em token. No entanto, é preciso entender o processo e, claro, ter uma ideia inovadora em mente.

Veja alguns exemplos de tokenização que deram muito certo:

BT Token Black 

Em parceria com o Mercado Bitcoin, a Bodytech lançou o BT Token Black, uma iniciativa inovadora. O token foi um dos primeiros ativos a inserir o setor fitness na Web 3.0.

Além de reforçar o pioneirismo de ambas empresas, o token oferece ao público benefícios exclusivos como entrada liberada em todas as academias, mensalidade congelada, acesso a piscinas e aulas de natação da rede e muito mais.

Conheça o BT Token Black.

Fan Token Corinthians (SCCP)

O Timão foi um dos primeiros times brasileiros a criar seu próprio token e as vantagens são muitas. Aproximar o torcedor é só a primeira delas.

O detentor desse ativo ganha ingressos, produtos autografados por jogadores e ainda participa de decisões internas do clube. 

Para potencializar os benefícios e estimular os torcedores, quem tem fan token do clube pode votar conforme a quantidade de tokens na carteira. Assim, todo mundo sai ganhando!

Conheça o Fan Token do Corinthians.

Caramelo Clube

Você com certeza já cruzou com algum vira-lata caramelo pelas ruas do Brasil. O Caramelo Club surgiu em homenagem a esse símbolo nacional.

Com o objetivo de ajudar animais abandonados, a Caramelo Club lançou uma das primeiras coleções de NFTs da sociedade brasileira. Isso mostra a conexão entre cultura, inovação e responsabilidade social. 

Os lucros da coleção já foram suficientes para oferecer apoio a 6 ONGs e 2000 animais.

Conheça o Caramelo Club.

Como tokenizar? 

  • 1. Estruturação: o ativo é analisado e validado por uma empresa tokenizadora. O processo é iniciado com a elaboração de um contrato jurídico, que assegura a idoneidade do token e os direitos do detentor. 
  • 2. Emissão: contratos inteligentes são registrados na rede blockchain escolhida, estabelecendo limites de emissão, taxas para envios, regras de uso e similares.
  • 3. Distribuição: divulgação e oferta pública dos tokens, para que os investidores possam fazer a aquisição.
  • 4. Governança: engloba os processos de controle, reivindicação de rendimentos e aproveitamento dos benefícios oferecidos pelos tokens, por parte dos seus detentores.

    Fonte: Mercado Bitcoin